RESENHA DE SUPERMAN - O FILME

 Antes de iniciar a resenha, preciso citar a relevância deste filme na indústria cinematográfica, uma vez que por conta do seu enorme sucesso, não teríamos atualmente os diversos filmes de super-heróis que batem a marca de um bilhão em bilheteria – seja Marvel ou DC. Mas hoje é dia de falar sobre SUPERMAN: O FILME.

De primeira, amei a cinematografia ‘cristalina’ de Krypton, já que, embora lembre bastante do universo de Star Wars, é uma atmosfera muito futurista para a época. Outro ponto que preciso citar são os efeitos especiais que variam, já que em alguns, você consegue perceber nitidamente o chroma key e em outros, fica se perguntando: como eles fizeram aquilo em 1978.

Igual aos efeitos especiais, o roteiro também é inconsistente. Creio que a duração de quase duas horas e meia é importante por se tratar de um filme de origem, no entanto, existem algumas cenas desnecessárias, por exemplo: a explicação da origem do Planeta Diário logo no início e uma no final que, na minha visão, é um erro do começo ao fim e deveria terminar de outra forma. 

Não quero ser repetitivo, mas as atuações seguem o mesmo caminho dos citados anteriormente, pois existem personagens que se destacam e outros que nem deveriam estar no filme. O Otis (Ned Beatty) é um grande exemplo de personagem desnecessário, já que o que era para ser um alívio cômico, se transforma em algo sem nenhuma graça. Outro problema é a versão mais jovem do Clark Kent que não aparenta ter muita expressão, então, como se tratava da parte de descoberta do personagem, isso me incomodou certas vezes.

Quem se destaca entre os vilões são: o Lex Luthor de Gene Hackman, com sua prepotência culta, e a Srta. Teschmacher que se sobressai à burrice desnecessária do Otis com sua boba ingenuidade. Entre os mocinhos, amei a dualidade do Christopher Reeve como Superman\Clark Kent, uma vez que dá para notar a mudança corporal e do tom de voz do ator de um para o outro, porém, ele ‘escorrega no quiabo’ quando acontece a cena errada que mencionei no parágrafo anterior. Preciso mencionar também a Lois que, mesmo sendo salva muitas vezes pelo Superman, não é a clássica mocinha indefesa, já que demonstra muita coragem – ou burrice, dependendo do ponto de vista - em estar nos lugares para fazer suas reportagens.

Por fim e não menos importante, embora seja 'chover no molhado', queria falar sobre Marlon Brando que, mesmo tendo pouco tempo de tela e uma interpretação mais contida, se destaca demais dos coadjuvantes. 

“Posso fazer tantas coisas. Tenho todos esses poderes, mas não pude salvá-lo”

Mesmo com muitas ressalvas citadas por mim nesta resenha, eu recomendo demais esta produção de 1978, porque, além de ser extremamente divertida e nostálgica – John Willians, obrigado pela contagiante música-tema do Superman!!! –, é praticamente o primeiro filme de super-heróis, por isso vale muito sua investida. 

Nota: 7.5



Comentários

  1. Mesmo com todos os problemas que possam ser apontados, esse Superman do Richard Donner ainda consegue ser melhor e superior do que muitos filmes de super-heróis da safra atual. É muito bom sempre comentar desse da atuação do Christopher Reeve até porque é um tipo de atuação marcada pelas sutilezas, algo poucos atores conseguiram se aproximar em outros filmes. E a trilha? sensacional, né ehehehhe

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    1. Sabe amigo é muito difícil você tirar a sua visão atual para filmes antigos, então encontra vários 'erros'. Se para nós, filmes antigos causam estranheza, imagine para a garotada tiktoker, né? hehehehehe
      Entretanto, esse Superman soube fazer o que nenhum filme até hoje: divertir e com poucos recursos. Ainda transformou um saudoso homem em uma lenda que nenhum dos outros que vieram depois conseguiram superar. Sobre a trilha, também concordo, tanto que ela é utilizada em exaustão, né? heheheheheheh

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